AMBIENTALISTA /ENGENHEIRO DO AMBIENTE
QUESTÕES
1.Qual o efeito das chuvas ácidas nos ecossistemas aquáticos e terrestres?
2.Será que existem causas naturais que provocam acidez das chuvas?
3.Se a chuva é naturalmente ácida, então que importância tem que a poluição aumente a acidez das chuvas? Então qual o valor mínimo de pH a partir do qual a chuva é considerada ácida?
4.Quais as possíveis prevenções e/ou soluções para o problema das chuvas ácidas?
As chuvas ácidas são responsáveis por grandes desastres ambientais, tanto a nível dos ecossistemas aquáticos, bem como dos terrestres, afectando a maioria das formas de vida aí existentes. Na verdade, estes ecossistemas possuem diferentes graus de sensibilidade à deposição ácida. Esta vulnerabilidade depende da geologia do leito de rochas, do tipo de solo e do seu uso e da precipitação que ocorre naquela área.
No que toca aos ecossistemas terrestres, é importante referir o efeito destas chuvas no solo e vegetação. De facto, a solubilidade de metais potencialmente tóxicos como o alumínio, manganês e cádmio é dependente do pH e aumenta rapidamente com a diminuição do pH da solução do solo. O alumínio é fitotóxico, pelo que causa prejuízos nos sistemas de raízes, diminuindo a habilidade das plantas para absorver os nutrientes e a água do solo, o que afectará, directamente, o crescimento das sementes e a decomposição das folhas. Num caso extremo, as chuvas ácidas podem levar à morte da vegetação, essencialmente, devido à lixiviação dos nutrientes como o magnésio e o potássio pelo percolado ácido.
Respeitantes aos ecossistemas aquáticos, os seres vivos são afectados não só pela acidez da água em si, que interfere nos seus processos fisiológicos, mas também na solubilidade e mobilização de metais tóxicos para estes. Em geral, à medida que o pH da água se aproxima de 6, algumas espécies de crustáceos, insectos e plâncton começam a desaparecer. No caso de pH ser inferior a 5, a água torna-se relativamente desprovida de peixes, sendo o fundo dos lagos recobertos com detritos orgânicos, já que a acção das bactérias e decompositores é afectada em ambientes ácidos, o que provoca a redução da taxa de decomposição da matéria orgânica e, consequentemente, o aumento de detritos na água.
A acidez das chuvas ácidas tem como origem, para além dos factores antrópicos, a interacção dos componentes naturais da atmosfera com poluentes primários.
Como causas naturais temos, então, grande destaque para a libertação de gases na atmosfera pelos vulcões e fontes termais (actividade geotérmica), da queima de biomassa, bem como através de processos metabólicos em algas, fitoplâncton e em algumas plantas presentes em ambientes marinhos, costeiros e continentais. Apesar disso, as fontes antrópicas continuam a ser claramente dominantes.
Poderá pensar-se que o constante aumento da acidez da água das chuvas provocada pelos factores anteriormente mencionados não é preocupante, uma vez que a chuva já é naturalmente ácida. Na verdade, esta acidez aumenta quando há um aumento da concentração de óxidos de enxofre e nitrogénio na atmosfera. Estes são chamados de óxidos ácidos, já que, em contacto com a água formam ácidos. Uma vez que os mesmos provêm da actividade humana (poluição), se esta aumentar, a concentração dos óxidos aumentará, também, conduzindo, assim, ao aumento da acidez da água da chuva. Apesar de chuva em equilíbrio com o gás carbónico já ser considerada ácida, só dizemos que a chuva tem um excesso de acidez quando o pH for menor que 5,6.
Para reduzir o problema das chuvas ácidas é necessário o esforço de toda a população a uma escala planetária. Fundamentalmente, é necessário reduzir tudo aquilo que provoque a emissão de poluentes para a atmosfera. Como será isto possível? Através do uso de transportes públicos, o que iria diminuir o número de carros e, consequentemente, a quantidade de gases poluentes também. No caso do uso de automóveis, seria oportuna a purificação dos tubos de escape dos veículos, utilizando gasolina sem chumbo e conversores catalíticos. Por outro lado, é urgente a consciencialização e alerta da população e dos governos para os benefícios da utilização de fontes de energia menos poluentes, das quais são exemplo a energia hidroeléctrica, geotérmica, maremotriz, eólica e nuclear.
Para remediar este problema, várias ideias têm sido postas em prática. Nas águas dos lagos afectados pelas chuvas ácidas, pode juntar-se cal de modo a torná-la menos ácida. Contudo, vários cientistas defendem que este método provoca desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos. (Esta técnica pode também ser aplicada nos solos.) Na construção podem usar-se materiais e tintas mais resistentes ao ataque dos ácidos de forma a minimizar os danos causados pelos mesmos.
QUESTÕES
1.Qual o efeito das chuvas ácidas nos ecossistemas aquáticos e terrestres?
2.Será que existem causas naturais que provocam acidez das chuvas?
3.Se a chuva é naturalmente ácida, então que importância tem que a poluição aumente a acidez das chuvas? Então qual o valor mínimo de pH a partir do qual a chuva é considerada ácida?
4.Quais as possíveis prevenções e/ou soluções para o problema das chuvas ácidas?
As chuvas ácidas são responsáveis por grandes desastres ambientais, tanto a nível dos ecossistemas aquáticos, bem como dos terrestres, afectando a maioria das formas de vida aí existentes. Na verdade, estes ecossistemas possuem diferentes graus de sensibilidade à deposição ácida. Esta vulnerabilidade depende da geologia do leito de rochas, do tipo de solo e do seu uso e da precipitação que ocorre naquela área.
No que toca aos ecossistemas terrestres, é importante referir o efeito destas chuvas no solo e vegetação. De facto, a solubilidade de metais potencialmente tóxicos como o alumínio, manganês e cádmio é dependente do pH e aumenta rapidamente com a diminuição do pH da solução do solo. O alumínio é fitotóxico, pelo que causa prejuízos nos sistemas de raízes, diminuindo a habilidade das plantas para absorver os nutrientes e a água do solo, o que afectará, directamente, o crescimento das sementes e a decomposição das folhas. Num caso extremo, as chuvas ácidas podem levar à morte da vegetação, essencialmente, devido à lixiviação dos nutrientes como o magnésio e o potássio pelo percolado ácido.
Respeitantes aos ecossistemas aquáticos, os seres vivos são afectados não só pela acidez da água em si, que interfere nos seus processos fisiológicos, mas também na solubilidade e mobilização de metais tóxicos para estes. Em geral, à medida que o pH da água se aproxima de 6, algumas espécies de crustáceos, insectos e plâncton começam a desaparecer. No caso de pH ser inferior a 5, a água torna-se relativamente desprovida de peixes, sendo o fundo dos lagos recobertos com detritos orgânicos, já que a acção das bactérias e decompositores é afectada em ambientes ácidos, o que provoca a redução da taxa de decomposição da matéria orgânica e, consequentemente, o aumento de detritos na água.
A acidez das chuvas ácidas tem como origem, para além dos factores antrópicos, a interacção dos componentes naturais da atmosfera com poluentes primários.
Como causas naturais temos, então, grande destaque para a libertação de gases na atmosfera pelos vulcões e fontes termais (actividade geotérmica), da queima de biomassa, bem como através de processos metabólicos em algas, fitoplâncton e em algumas plantas presentes em ambientes marinhos, costeiros e continentais. Apesar disso, as fontes antrópicas continuam a ser claramente dominantes.
Poderá pensar-se que o constante aumento da acidez da água das chuvas provocada pelos factores anteriormente mencionados não é preocupante, uma vez que a chuva já é naturalmente ácida. Na verdade, esta acidez aumenta quando há um aumento da concentração de óxidos de enxofre e nitrogénio na atmosfera. Estes são chamados de óxidos ácidos, já que, em contacto com a água formam ácidos. Uma vez que os mesmos provêm da actividade humana (poluição), se esta aumentar, a concentração dos óxidos aumentará, também, conduzindo, assim, ao aumento da acidez da água da chuva. Apesar de chuva em equilíbrio com o gás carbónico já ser considerada ácida, só dizemos que a chuva tem um excesso de acidez quando o pH for menor que 5,6.
Para reduzir o problema das chuvas ácidas é necessário o esforço de toda a população a uma escala planetária. Fundamentalmente, é necessário reduzir tudo aquilo que provoque a emissão de poluentes para a atmosfera. Como será isto possível? Através do uso de transportes públicos, o que iria diminuir o número de carros e, consequentemente, a quantidade de gases poluentes também. No caso do uso de automóveis, seria oportuna a purificação dos tubos de escape dos veículos, utilizando gasolina sem chumbo e conversores catalíticos. Por outro lado, é urgente a consciencialização e alerta da população e dos governos para os benefícios da utilização de fontes de energia menos poluentes, das quais são exemplo a energia hidroeléctrica, geotérmica, maremotriz, eólica e nuclear.
Para remediar este problema, várias ideias têm sido postas em prática. Nas águas dos lagos afectados pelas chuvas ácidas, pode juntar-se cal de modo a torná-la menos ácida. Contudo, vários cientistas defendem que este método provoca desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos. (Esta técnica pode também ser aplicada nos solos.) Na construção podem usar-se materiais e tintas mais resistentes ao ataque dos ácidos de forma a minimizar os danos causados pelos mesmos.
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