segunda-feira, 27 de abril de 2009

GRUPO V


Investigador de Problemas de Saúde Pública


Como podem as chuvas ácidas afectar os seres vivos (plantas e animais)?
Como são afectados os seres não vivos?
Como é que a chuva ácida pode afectar a saúde humana?
Como é possível conciliar o desenvolvimento tecnológico com a qualidade ambiental de forma a não afectar os seres vivos?




As chuvas ácidas são um grande obstáculo à saúde pública e desencadeiam fenómenos que levam a grades problemas, em várias áreas.

Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, 35% dos ecossistemas europeus já estão alterados e aproximadamente 50% das florestas da Alemanha e Holanda encontram-se já destruídas devido aos fenómenos provocados pelas chuvas ácidas.
Pequenas quantidades de minerais tóxicos como alumínio, cádmio, cobre, zinco, e mercúrio fazem parte, naturalmente, da constituição do solo. Á medida que a acidez do solo aumenta, as reacções químicas, que normalmente não causam problemas, intensificam-se o que permite a absorção desses minerais pelas plantas.
Assim as plantas são contaminadas pelos tóxicos, que permanecerão nos corpos dos animais depois destes se alimentarem das plantas. Os minerais nocivos são também conduzidos do solo para os rios e lagos, onde podem matar peixes e outros seres vivos. Este problema é agravado quando a poluição deposita mais minerais no solo.
O meio ambiente torna-se ácido demais para a fauna e para a flora se a chuva ácida sobrecarregar demais um sistema natural. Um novo equilíbrio poderá ser atingido, mas num nível de acidez que não poderá manter uma variedade tão rica de espécies.
Descobriu-se que na Polónia as colheitas continham dez vezes mais chumbo do que o limite considerado aceitável!

Mas não só os seres vivos são vítimas das chuvas ácidas! Também os seres não vivos o são. É normal que as construções se desgastem naturalmente pela acção do tempo, mas este processo leva séculos a realizar-se. Património edificado que exista ao ar livre é, normalmente, feito de calcário, mármore, cobre ou bronze, materiais que vão, ao longo dos anos, deteriorando-se pela acção da deposição ácida. As chuvas ácidas irão acelerar este fenómeno e provocar uma destruição muito mais rápida das construções.

Temos dois tipos de acção principais, dependendo dos materiais que consideramos, sobre os carbonatos (reacção de ácido - base) e sobre os metais (reacção de oxidação - redução) que podem ser representadas pelas seguintes reacções:
2H+ (aq) + CaCO2(s)→Ca2+ (aq) + CO2 (g) + H2O (l)
Zn(s)+2H+ (aq)→Zn 2+ (aq) + H2

Este fenómeno traz consequências bastantes negativas para o carácter turístico, histórico e social de quem possui as construções uma vez que as vai destruindo, fazendo com que percam o seu valor e o seu aspecto original!

Podemos pensar que as consequências das nossas acções apenas se manifestam em animais ou plantas ou mesmo acreditar que não passam de destruidoras de arquitectura, mas, infelizmente tal não acontece.
Não podemos pensar que existem sistemas isolados pois tal não é verdade e em consequência deste facto algo que afecta um pequeno curso de água ou um peixe num grande cardume poderá vir a ter grandes consequências na nossa vida.
Estudos provaram que as chuvas ácidas têm implicações directas e indirectas na saúde da população humana. O ser humano é directamente perturbado através das partículas resultantes dos ácidos que se encontram no ar e indirectamente através do consumo de água proveniente de chuvas ácidas.

Os metais pesados libertados dos solos e de sedimentos, devido ao aumento da sua acidez, são os responsáveis mais directos. Estes metais podem atingir as águas subterrâneas, rios, lagos e correntes usadas para a provisão de água potável e ser introduzidos nas cadeias alimentares que chegam ao homem.
O homem pode apresentar sérios problemas passados alguns anos da ingestão de água de chuva não tratada ou de peixe contaminado por metais pesados.
Associadas à chuva ácida estão algumas doenças donde se destacam as doenças respiratórias, as doenças cardiovasculares e dermatológicas.


Torna-se assim essencial tentar abrandar ou acabar com esta situação! O desenvolvimento tecnológico acarreta consigo graves consequências ambientais mas também nos dá uma grande ajuda no combate a estas uma vez que concebe e descobre cada vez mais processos e formas de lutar contra este problema. Permite-nos, sem alterar em muito os nossos hábitos, combater este problema.
Todas as nossas preocupações devem-se centrar na redução ao máximo da emissão de enxofre e azoto. No que nos diz respeito, podemos optar por utilizar transportes públicos ou combustíveis menos poluentes (baixo teor de enxofre) que se tornam cada vez mais importantes, bem como a tentar utilizar fontes de energia alternativa (salientando-se as fontes de energia renovável!).
A instalação de filtros nas chaminés das fábricas bem como outros processos mais complexos e inovadores são que já dizem respeito às indústrias. A injecção de calcário nas chaminés para que esta substância se misture com gases e se combine com o bióxido de enxofre presente é outra inovação: o carbonato de cálcio produzirá sulfato de cálcio de pH neutro. Este processo permitirá transformar o enxofre em sulfatos industriais. A utilização de conversores catalíticos também é muito importante. Em rios e lagos já acidificados, faz-se a adição de vitaminas aos mesmos para que se neutralizem.


Referências

Webgrafia:

-http://www.poluicao.net/chuvas-ácidas acedido em Maio 7, 2009
-http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070923084212AA3eV5A acedido em Maio 7, 2009
-http://universodevida2.blogspot.com/2008/05/chuvas-cidas.html acedido em Maio 7, 2009
-http://mundoamorrer.com.sapo.pt/chuva_acida.htm acedido em Maio 7, 2009
-http://pauzinhosplace.planetaclix.pt/tra_acidas.html acedido em Maio 7, 2009

Bibliografia:

-Ventura, Graça; Fiolhais, Manuel; Fiolhais, Carlos; Paiva, João; Ferreira, António José. (2005). 11 F – Física A – Bloco 2 11º

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